quinta-feira, 5 de junho de 2008

Ambiente - Estado em Portugal

O Relatório do Estado do Ambiente (REA) de 2006 faz uma análise pouco positiva do cenário nacional. Entre os 26 parâmetros analisados, 12 são considerados insuficientes, sete desfavoráveis e apenas sete positivos.

Foi divulgado recentemente que 73 por cento da população do Continente era servida por sistemas públicos de drenagem, mas apenas 66 por cento tinha sistemas de tratamento de águas residuais.

O panorama dos gases com efeito de estufa (GEE) também não apresenta uma avaliação favorável. Portugal encontra-se entre os países da UE-25 com capitações de emissões de GEE mais reduzidas, mas em 2005 a quantidade de emissões destes gases situava-se cerca de 45 por cento acima do valor de 1990, afastando-se aproximadamente 18 por cento da meta estabelecida para 2008-2012 no Protocolo de Quioto.

A correlação das emissões de GEE de origem antropogénica com a ocorrência de fenómenos meteorológicos extremos tem vindo a ser reconhecida pela comunidade científica internacional. O ano de 2006 foi o quinto mais quente em Portugal continental desde 1931, e a onda de calor registada em Julho de 2006, quer pela sua extensão espacial, quer temporal, foi a mais significativa observada desde 1941.
O combate à poluição atmosférica teve também um desempenho fraco, ao nível das emissões de substâncias precursoras do ozono troposférico.

No sector da água o cenário é mais satisfatório. Em 2005 a percentagem de incumprimento dos valores paramétricos foi de 2,5 por cento, registando-se uma ligeira melhoria relativamente a 2004 (2,7 por cento). Apesar da situação de seca generalizada observada em 2005, a percentagem de incumprimento dos valores paramétricos relativos à qualidade da água para consumo humano registou uma ligeira melhoria relativamente ao ano anterior. A qualidade das águas balneares também tem vindo a melhorar gradualmente, quer as águas balneares costeiras e estuarinas, quer as águas balneares interiores. Na época balnear de 2006 a percentagem de águas balneares costeiras e estuarinas com boa qualidade atingiu mais de 90 por cento, e a das águas balneares interiores mais de 58 por cento.

Nota:
Achei curioso publicar este excerto pois por vezes pensamos que Portugal é um país exemplar. Mas, como podemos observar, está completamente errado. Portugal não está a cumprir os parametros estabelecidos no tratado de Quioto e é muitissimo grave.
Devemos agir o mais rapidamente possível.

Efeito de Estufa e o Aquecimento Global

Algo de que se tem ouvido falar bastante nos últimos tempos é o efeito estufa e como isto se reflecte no aquecimento global do planeta.

Antes de mais nada é necessário compreender o que é este efeito e como é que ele surge.

O Sol emite continuamente radiações solares. Estas radiações são em parte absorvidas pela atmosfera sendo o restante reflectido para o espaço. Ao existir uma grande quantidade de gases emitidos para a atmosfera, como o dióxido de carbono resultante da combustão em larga escala em unidades industriais, estes vão fazer com que a quantidade de radiação emitida para o espaço seja menor e como tal se acumulem na superfície aumentado a temperatura do planeta a nível geral. Estes gases, de uma forma simplificada, como que formam uma camada que evitam que estas radiações sejam reflectidas para o espaço. É chamado efeito estufa por ser semelhante ao efeito produzido por uma estufa para aquecer o ambiente no interior da mesma.

No entanto há que ter em atenção um pequeno detalhe. As radiações solares por si só não aqueceriam o planeta à temperatura que tem hoje. A presença de carbono na atmosfera é necessária para que parte da radiação solar seja reflectida para a superfície e assim a aqueça. O problema surge quando existe carbono em demasiada quantidade e assim a quantidade de radiação solar reflectida para a superfície é maior e a radiação que é libertada para o espaço é menor. Isto provoca um aumento da temperatura terrestre. Isto poderá ter consequências como o aumento do nível da água do mar, devido ao degelo de grandes massas de água e a desertificação de determinadas áreas.

Nota:

O que podemos deduzir é que pela maneira como a população age, não têm a minima noçao do que é o efeito de estufa e algumas das suas concequências. A população deve ser alertada das concequências do efeito de estufa mas primeiro de tudo devem informar-se sobre o que é tal efeito.

Aquecimento global persistirá durante séculos mesmo com redução de emissões


Cientistas reunidos num simpósio em Gijon, Espanha, manifestaram a convicção de que o aquecimento global persistirá durante vários séculos, mesmo que se reduzam substancialmente a emissões de gases com efeito de estufa.

Os cientistas, que estão a participar desde segunda-feira num seminário sobre os efeitos da mudança climática nos oceanos consideraram que o processo "é praticamente irreversível".


Ainda que se deixe de emitir totalmente dióxido de carbono para a atmosfera, a temperatura média subirá dois graus durante os próximos 50 anos devido à inércia que adquiriu o fenómeno, declararam os investigadores.

As previsões mais optimistas da comunidade científica estimam que nos próximos anos se produzirá uma redução da emissão de gases com efeito de estufa devido à consciência social e política do problema. Contudo, esta redução não será suficiente para inverter o fenómeno, já que o aquecimento global persistirá durante "vários séculos", de acordo com as conclusões dos trabalhos.

O simpósio, organizado pelo Centro Oceanográfico de Gijon, do Instituto Espanhol de Oceanografia, reuniu cerca de 450 investigadores de sessenta países, para analisar os efeitos das alterações climáticas sobre os mares. Em dez sessões temáticas, os cientistas debateram cerca de 200 comunicações orais e tiveram lugar 150 painéis de análise e reflexão sobre o problema.

O director do Centro Oceanográfico de Gijon, Luís Valdés, que leu as conclusões, alertou para a gravidade da situação e apelou a um "maior diálogo" entre a comunidade científica e os políticos par tomar medidas urgentes para combater o problema. Os peritos concluíram que carecem de uma metodologia precisa para medir a interacção dos efeitos das alterações climáticas na correlação com o mar, com o ar e com a terra.

Valdés afirmou que é necessário definir com claridade as acções que o homem pode adoptar para mitigar os efeitos das alterações climáticas. "As alterações climáticas têm uma dimensão que excedeu o regional para se converterem no global e, nesse sentido, necessitam de medidas políticas supra-nacionais", concluíram os investigadores.


Nota:

Como nos podemos aperceber o Homem não tem a mínima noção do quão critica que está esta problemática- efeito de estufa, aquecimento global.

Hoje deparamo-nos com o maior conforto, o maior luxo mas não reparamos nas concequências que isto tem para o ambiente. O nosso estrago já é tanto que mesmo que paremos agora com este exagero de emissões de gases já nao irá alterar o facto de a temperatura vir a aumentar.

A população é muito comodista, um dia irá acordar tarde de mais, aí já estaremos a sofrer as concequências.




terça-feira, 20 de maio de 2008

Cientistas chineses isolam gene que pode aumentar produtividade da planta do arroz

Descoberta anunciada em clima de espectro de uma crise alimentar



Qifa Zhang
Cientistas chineses, liderados por Qifa Zhang, isolaram um gene que poderá influenciar a produtividade e a adaptação da planta do arroz nas zonas temperadas, segundo um artigo publicado hoje na revista Nature Genetics.

Os cientistas, da universidade agrícola de Huazhong, em Wuhan (centro), determinaram o gene que influencia o rendimento da planta, o seu tamanho e o período de floração.

Até agora, os investigadores apenas tinham conseguido determinar a zona onde deveria localizar-se o gene ou os genes implicados, no cromossoma 7.



As plantas de arroz sem o gene agora isolado - Ghd7 - são mais curtas do que as outras, têm menos grãos por grupo de flores e florescem mais cedo, constataram os cientistas chineses.

Ao reintroduzirem este gene, os cientistas conseguiram duplicar o período de floração e aumentar o tamanho da planta em 60 por cento.

Os autores do estudo analisaram a acção do gene Ghd7 em 19 variedades de arroz produzidas em várias regiões da Ásia e identificaram cinco níveis diferentes.

Os genes mais activos encontram-se nas plantas em regiões mais quentes, permitindo-lhes explorar melhor a luz e a temperatura, manter a floração e aumentar o rendimento.

Os genes menos activos encontram-se no arroz cultivado em zonas mais frias, onde o período de crescimento é mais curto.

A descoberta de que o rendimento do arroz depende de apenas um gene, e não de vários como se pensava até agora, tem "implicações fundamentais" no aumento da produtividade da planta, que pode ser melhorada por selecção ou transformações genéticas, sublinham os autores do estudo.

O anúncio da descoberta ocorre numa altura em que o mundo vive sob o espectro de uma crise alimentar, que levou a ONU a criar, no final de Abril, uma célula de crise para lidar com a questão da subida do preço dos alimentos e os consequentes problemas de fome.

Nas últimas semanas, vários países asiáticos produtores de arroz adoptaram medidas para proteger as suas populações do aumento dos preços deste alimento básico na região, recorrendo a racionamentos, subvenções e limitação de exportações.

terça-feira, 11 de março de 2008

Uma Ceboba sem Lágrimas!

Já não vai ser preciso tanto
Cientistas da Nova Zelândia e do Japão criaram uma cebola que "não faz chorar", ao desligarem o gene responsável pela enzima que produz a reacção, noticia hoje a imprensa britânica. Um dos autores da investigação, Colin Eady, afirma que a descoberta poderá acabar com um dos maiores enigmas da cozinha, o da relação entre a cebola e as lágrimas.

O instituto de investigação neo-zelandês Crop and Food recorreu a tecnologia australiana de silenciamento de genes neste projecto, que começou em 2002, depois de cientistas japoneses terem identificado o gene responsável pela produção da enzima lacrimogénea
"Pensávamos que o agente lacrimogéneo era produzido espontaneamente pelo corte das cebolas, mas eles (os cientistas japoneses) provaram que era controlado por uma enzima", referiu Eady. A enzima é libertada com o corte da cebola e desencadeia uma cadeia de reacções químicas de que resulta a formação de um irritante que estimula as glândulas lacrimais dos olhos e provoca as lágrimas.

"A tecnologia de silenciamento de genes cria uma sequência que desliga o gene indutor das lágrimas na cebola, impedindo-o de produzir a enzima", explicou. O cientista reconheceu que o sabor do bolbo poderá ser afectado pela alteração da sua composição genética, mas espera que possa ser melhorado numa fase posterior da investigação.

"O que esperamos é ter essencialmente muito dos aromas agradáveis e doces das cebolas, sem o amargo associado ao factor lacrimogéneo", adiantou. Mas apesar da expectativa que a descoberta possa criar no público, a maioria dos cozinheiros terá de esperar 10 a 15 anos para poder picar cebolas sem chorar, preveniu o cientista.



Nota:
Neste caso a biotecnologia esta inserida numa pequena experiência mas de elevada importância (a remoção dum simples gene de uma cebola) mas acaba por provar que o avanço tecnológico é bastante curioso e que pouco a pouco o humano vai manipulando um pouco de tudo no mundo vivo…vai adquirindo mais e mais poder que nunca na vida foi pensável sequer poder acontecer tais coisas!

Hoje uma cebola sem provocar o choro…e amanhã?? Pouco mais há a dizer do que isto…uma pergunta para reflectir sobre a imensidão da biotecnologia na sociedade.

Anticorpos provocam mutação em HIV

As mutações encontradas em quatro aminoácidos na proteína que envolve o VIH podem tornar o vírus vulnerável ao sistema imunitário, segundo um estudo publicado no número de Janeiro da PLoS Medicine, diz um artigo da ANI/Thailand News.

No estudo, Julie Overbaugh da Fred Hutchinson Cancer Research Center e colaboradores analisaram a estirpe de VIH de uma mulher que vive em Mombasa, Quénia, cujo vírus foi inactivado por anticorpos produzidos pelo seu próprio organismo. O estudo descobriu que o vírus da mulher apresentava mutações em quatro aminoácidos localizados na proteína do invólucro do VIH. Segundo os investigadores, dois dos aminoácidos quando introduzidos em estirpes de VIH não relacionadas num ambiente laboratorial conferiram sensibilidade à inactivação por vários anticorpos produzidos por indivíduos VIH-positivos.

Os investigadores disseram que essas mutações podem provocar alterações na estrutura global da proteína do invólucro, que podem resultar na exposição de regiões do VIH ao sistema imunitário que habitualmente estão escondidas. Segundo o ANI/Thailand News, é necessária mais investigação para confirmar a teoria de que vacinas contendo proteínas do invólucro com mutações poderão ser capazes de estimular uma resposta imunitária para proteger contra o VIH.